por: Diego Assis
Aos 61 anos de idade, mais de 40 deles dedicados ao rock, e com a saúde debilitada por pelo menos uns 20 de abuso de álcool e drogas, Ozzy Osbourne ainda encontra energia para dar seus gritos.
"Scream", décimo álbum de estúdio em carreira solo desde sua saída do Black Sabbath em 1977, traz o cantor e compositor em boa forma em faixas como "Diggin me down", "Crucify" e na sugestiva "I want it more". A bronca com o cristianismo e as críticas sociais ainda estão aqui e acolá, mas é nitidamente o (passar do) tempo que ocupa os pensamentos de Ozzy, permeia a maior parte dos versos do disco e tem até uma faixa dedicada a ele, "Time" - "pare de correr em direção ao futuro / comece a viver o presente (...) porque a morte é o preço que todos temos de pagar", reflete.
Seu principal pecado, porém, é cercar-se de uma gangue bem mais nova de músicos e produtores. Na tentativa de soar contemporâneo, em faixas como "Let it die", "Soul sucker" e "Fearless", o "grito" de Ozzy se perde no mar de obviedades que embrulhou parte do mau metal produzido na última década.
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