sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Lula Côrtes – Uma das mentes mais criativas do Rock mundial



Cantor, músico e compositor, na década de 1970 foi um dos primeiros a fundir ritmos regionais nordestinos com o rock and roll, juntamente com Zé Ramalho e outros artistas.

Seu instrumento principal é o Tricórdio que é a cítara popular de Marrocos.



Obra: Em 1972, lança, com Laílson, o LP Satwa (Rozemblit, Recife); em dezembro de 1974, termina a gravação do álbum duplo “Paêbiru”, com Zé Ramalho, mas o álbum não é lançado porque a gravadora Rozemblit, foi atingida por uma grande enchente; LP O Gosto Novo da Vida (Ariola); LP Rosa de Sangue (Rozemblit; não chegou ao mercado por conta de briga jurídica com a gravadora); LP A Mística do Dinheiro (gravado pela Rozemblit mas nunca lançado); LP O Pirata (gravado em São Paulo e também nunca lançado); LP Nordeste, Repente e Canção (Discos Marcus Pereira); CD Lula Cortes & Má Companhia (1997).

É, também, pintor e lançou livros de poesia, entre os quais “Bom Era Meu Irmão, Ele Morreu, Eu Não”.

História:

Tudo começou em 1973, com a gravação de ‘Satwa’, o primeiro disco independente da história da música popular brasileira. Esse disco foi gravado nos estúdios da extinta gravadora Rozenblit em Recife, com Lailson tocando craviola, Lula Côrtes no tricórdio (instrumento marroquinho)e com participação de Robertinho do Recife nas guitarras. O disco foi pouco divulgado e recém descoberto e lançado nos Estados Unidos. Lailson virou cartunista e ganhou vários prêmios com o novo ofício.
Depois disso Lula Côrtes gravou o antológico ‘Paêbiru’ com Zé Ramalho. Disco baseado nas escritas de Pedra do Ingá, no sítio arqueológico de Ingá do Bacamarte. Esse disco é peça raríssima do cancioneiro brasileiro. Quando foi prensado, em 1975, Lula Côrtes levou 300 cópias para casa, onde morava com a cineasta Kátia Mesel. O resto foi destruído por uma enchente que inundou a gravadora Rozenblit. Por isso o disco ficou com essa áurea de mito, lenda urbana etc, e as cópias lançadas na época são vendidas a peso de ouro nos sebos e leilões da vida.

Na década de 80, Lula gravou ‘O Gosto Novo da Vida’ e ‘Rosa de Sangue’, outra raridade que não foi comrcializada por causa de uma briga com a gravadora, Rozenblit. No final da década, Lula juntou-se com Jarbas Mariz (atual parceiro de Tom Zé) e gravou mais um disco instrumental, em que a psicodelia é ponto forte. Esse disco tinha o intuito de alcançar o sagrado através da música primordial, de acordo com a expressão ‘Bom Shankar Bolenajh’, que deu título ao álbum. O disco tem participação de Paulo Ricardo (ex-RPM), Alberto Marsicano, e Oswaldinho do Acordeon.

Nos anos 90, Lula conheceu a banda do guitarrista Xandinho, ‘Má Companhia’, que tocava covers de clássicos do rock setentista, e juntos lançaram um disco em 1995. Em 1997, outro disco, ‘A Vida Não é Sopa’, gravado ao vivo, que foi lançado alguns anos depois.Fica ai o resultado da união de grandes expoentes do rock pernambucano, Xandinho com a banda ‘Má Companhia’ e Lula Côrtes, dono de uma discografia cheia de álbuns antológicos.

Lula Côrtes ainda tem outros discos em sua vasta discografia, que não constam aqui, como ‘Nordeste, Repente e Canção’, lançado pelo selo Marcus Pereira, e outros inéditos como ‘A Mística do Dinheiro’ e ‘O Pirata’. Além de outros dois discos com a banda ‘Má Companhia’, ‘Ao Vivo no Teatro do Parque’ e ‘Ao Vivo no Curupira’. Por isso quem tiver algum desses discos que coloque ali, nos comentários. Mas quem quiser comprar os CDs, entre em contato com macompanhia@gmail.com.



Lula Côrtes & Laílson – Satwa -1973

(primeiro disco independente do Brasil)


1. Satwa
2. Can I be Satwa
3. Alegro piradíssimo
4. Lia, a rainha da noite
5. Apacidonata
6. Amigo
7. Atom
8. Blue do cachorro muito louco
9. Valsa dos cogumelos
10. Alegria do povo

http://www.4shared.com/file/156338889/5338cc88/1973_Satwa.html

Som transcendental e viajante totalmente acustico, Lula no tricórdio e Lailsson na craviola (viola de 12 cordas)

Instrumental, com pequenas incursões vocais, o disco traz dez canções “produtos mágicos das mentes e dedos de Lailson e Lula”, como diz na contra-capa do álbum, produzido pela dupla, mais Kátia. Além dos de Lula e Lailson, Robertinho de Recife também faz uma ponta no disco, tocando ‘lead guitar’ em ‘Blue do Cachorro Muito Louco’, um blues lento e viajandão.

O som predominante do disco, no entanto, é um folk nordestino/oriental, resultado da mistura da cítara popular tocada por Lula, e da viola de 12 cordas de Lailson. Algo como uma sucessão de ragas ou mantras, interpretadas por Cego Aderaldo movido a incenso, cogumelos e outros “expansores da musculatura mental”, como diz Arnaldo Baptista.

Lula Côrtes & Zé Ramalho – Paêbirú (1975)



O Disco mais caro e disputado nos sebos do Brasil

Um vinil de 1975 (só existem 300) custa 4 mil reais em média

1. Trilha de Sumé (Culto à terra/ Bailado das muscarias)
2. Harpa dos ares
3. Não existe molhado igual ao pranto
4. Omm
5. Raga dos raios
6. Nas paredes de pedra encantada, os segredos talhados por Sumé
7. Marácas de fogo
8. Louvação a Iemanjá
9. Beira Mar
11. Pedra templo animal
12. Sumé

http://www.4shared.com/file/156352011/62cfbb8f/1975_Pabiru.html

Trata-se do raríssimo álbum duplo “Paêbirú”, creditado a Lula Cortês e Zé Ramalho, gravado entre os meses de outubro e dezembro de 1974, na gravadora Rozemblit, em Recife (PE). Com eles, estão Paulo Rafael, Robertinho de Recife, Geraldo Azevedo e Alceu Valença, entre outros. Na época, Lula Cortês tinha em seu currículo o álbum “Satwa” (1973), que trazia canções com título como “Alegro Piradíssimo”, “Blues do Cachorro Louco” e “Valsa dos Cogumelos”. Zé Ramalho, já tocando com Alceu Valença, tinha em sua bagagem a experiência de grupos de Jovem Guarda e beatlemania, como Os Quatro Loucos, o mais importante de todo o Nordeste.

Clássico do pós-tropicalismo, com (over)doses de psicodelia, o álbum trazia seus quatro lados dedicados aos elementos “água, terra, fogo e ar”. Nesse clima, rolam canções como o medley “Trilha de Sumé/Culto à Terra/Bailado das Muscarias”, com seus13 minutos de violas, flautas, baixão pesado, guitarras, rabecas, pianos, sopros, chocalhos e vocais “árabes”, ou a curta e ultra-psicodélica “Raga dos Raios”, com uma fuzz-guitar ensandecida. E, destaque do álbum, a obra-prima “Nas Paredes da Pedra Encantada, Os segredos Talhados Por Sumé” (regravada por Jorge Cabeleira, com participação de Zé Ramalho), com seu baixo sacado de Goin’ Home dos Rolling Stones sustentando os mais pirados 7 minutos do que se pode chamar de psicodelia brasileira.

O disco por si só é uma lenda, mas ficou mais interessante ainda pelas situações que envolveram a sua gravação. A gravadora Rozenblit ficava na beira do rio Capiberibe, e o disco, depois de gravado, foi levado por uma das enchentes que assolavam a região. Conta a lenda que sobraram apenas umas trezentas cópias do disco, hoje nas mãos de poucos e felizardos colecionadores, muitas das quais no exterior, onde foram parar a preço de ouro. Contando com a co-produção do grupo multimídia Abrakadabra, o disco trazia um rico encarte, que também sucumbiu ao aguaceiro.


1980 Rosa de Sangue


1. Lua viva
2. Balada da calma
3. Casaco de pedras
4. Nordeste oriental
5. Bahjan, oração para Shiva
6. São tantas as trilhas
7. Noite prêta
8. Dos inimigos
9. A pisada é essa
10. Rosa de sangue

http://www.4shared.com/file/156356872/2ced8b5c/1980_Rosa_de_Sangue.hml

MITICO LP Rosa de Sangue (Rozemblit; não chegou ao mercado por conta de briga jurídica com a gravadora)

“Rosa de Sangue” é isso: são frevos, forrós, guitarras nervosas e até cítaras em “Oração para shiva”, na mistureba clássica dos sons da contracultura brasileira.



1981 O Gosto Novo da Vida


1. Desengano
2. Dos inimigos
3. Lua viva
4. São várias as trilhas
5. Patativa
6. Canção da chegada
7. Quadrilha atômica
8. Brilhos e mistérios
9. Gira a cabeça
10. O morcego

Disco mais pop que chegou a fazer sucesso, mas novamente por brigas com a antiga gravadora a divulgação foi prejudicada.

http://www.4shared.com/file/156364197/207cdb89/1981_O_Gosto_Novo_da_Vida.html



1988 Bom Shankar Bolenajh (Lulac & Jarbas Maris)


1. Balada para quem nunca morre
2. Orvalho na paisagem
3. Shotsy (Síntese do oriente e ocidente)
4. Valeu a pena
5. Forró pro mundo inteiro
6. Eu tentei
7. Maracatu pesado
8. Inverno I e II
9. Tema para Christina

Disco instrumental na linha do Satwa, Jarbas Mariz hoje toca na banda do Tom Zé e participou do Paiberu e do Rosa de Sangue.
Além disso o disco tem participações do lendário guitarrista Ivinho (Ave Sangria) nas musicas Maracatau Pesado e Inverno I e II, do baixista Paulo Ricardo em Eu Tentei e Oswaldinho do Acordeon em Forró pro Mundo Inteiro.

http://www.4shared.com/file/156370976/75e929ce/1988_Bom_Shankar_Bolenajh.html




1995 Lula Côrtes & Má Companhia



1. Reduzido à pó
2. A tirana
3. Meus caros amigos
4. As estradas
5. Nasci para chorar (Erasmo Carlos)
6. Balada do tempo perdido
7. A força da canção
8. Rock do segurança (Gilberto Gil)
9. Os piratas
10. O homem e o mar

http://www.4shared.com/file/156377663/8a139384/1995_Lula_Crtes__M_Companhia.html



2006- A Vida Não é Sopa (& Má Companhia) - gravado em 1997


1. Eu fiz pior
2. Versos perversos
3. A seca
4. Israel
5. O balada cavernosa
6. O clone
7. O indiozinho
8. Tá faltando ar
9. Qualquer merda
10. Pense e dance

Em 2006, Lula Cortês e Má Companhia lançaram o disco ‘A Vida Não É Sopa’ gravado ao vivo na Estação do Som em 1997. O disco saiu pelo selo ‘Sopa Diário’.
Na guitarra, o antigo guitarrista da banda, o lendário Claudio Munheca. Destaque para as faixas “Eu fiz pior” e “Tá faltando ar”.

http://www.4shared.com/file/156387650/ba67062c/2006_A_Vida_No__Sopa.html

Paticipações:

Fora todos esses discos o Lula ainda participou tocando Tricórdio nos principais discos do movimento Udigrudi (ver tópico).

Flaviola & o Bando do Sol de 1973

Marconi Notaro – No Sub Reino … de 1973

Alceu Valença -Molhado de Suor de 1974

Zé Ramalho -1978 toca nas músicas Noite Preta (onde divide a composição e toca tricórdio elétrico) e a clássica Chão de Giz.

Canta e grita em uma música (bem pesada por sinal) do disco Hora da Batalha de 2004 da grande banda Punk/Hc Devotos (que eu gosto muito).

Lula é psicodélico e atitude HC hehe.

Tem também essa daqui nesse disco fantastico (que ja foi postado aqui) que revive todo o movimento Udigrudi., ele canta e toca tricórdio em duas musicas.


A Turma do Beco do Barato – Antologia 70 – 2004


A Turma do Beco do Barato, projeto idealizado por Humberto Felipe, fã da Ave Sangria, acabou sendo a oportunidade de vários artistas registrarem algumas de suas composições pela primeira vez, após cerca de 30 anos. É o caso da Phetus, que finalmente gravou duas de suas canções até hoje inéditas em disco. E mesmo da Ave, que acabou em 1975 – quando já contava com repertório para um segundo LP – e contribui no CD com nada menos do que nove composições, apenas duas delas regravações. Os outros dois temas são de autoria de Lula Côrtes.

“Toda essa história ficou meio esquecida”, diz Humberto, explicando o porquê da realização do CD. “Tanto de gente de hoje quanto de quem viveu a época e não estava antenado.” Admirador da Ave Sangria, conta que, no início, pensou no trabalho como uma homenagem ao grupo com a participação de convidados. “Ao invés de ficar limitado a um nome, resolvi ampliar, não usar o nome Ave Sangria, mas pegar o mais representativo e fazer a Antologia 70”, resume.

faixas:
01 as estradas [lula côrtes]
02 vacas roxas [lailson]
03 vento vem [israel semente]
canta: marco polo e humberto felipe
04 marginal [marco polo]
05 dois navegante [almir de oliveira]
06 o pirata [marco polo]
07 dos inimigos [lula côrtes]
08 anjos de bronze [lailson]
09 fora da paisagem [almir de oliveira]
10 janeiro em caruaru/noturno nº0/mina do mar [marco polo]

todas as músicas são interpretadas por seus autores, exceto a faixa 3.


http://rapidshare.com/files/155782856/-_A_Turma_do_Beco_do_Barato_-_Antologia_70__2004_.zip




Créditos: http://woodstocksound.wordpress.com/

Rosa Tattooada lança single em homenagem aos Cascavelettes


banda Rosa Tattooada está lançando o single "Novo Estilo", uma homenagem aos Cascavelletes! O grupo, "padrinho" da Rosa Tattooada, teve Jacques Maciel e Beat Barea atuando como roadies em toda a sua trajetória.

A música também está disponível para download gratuito no site oficial da banda (www.rosatattooada.com.br)

A banda apresenta-se dia 18/09 no Estudio Rock Bar, em Canoas, e dia 25/09 no SESC, em São Leopoldo, dando início ao projeto "RosAcústica no SESC".

O DVD ao vivo, gravado em maio no Bar Opinião em Porto Alegre, tem lançamento previsto para novembro.



por: Rock Gaúcho.com

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Pearl Jam pode tocar na América do Sul em 2011, diz guitarrista


Stone Gossard, guitarrista do Pearl Jam, revelou em entrevista à revista norte-americana "Billboard" que a banda pode tocar na América do Sul em 2011.

De acordo com o músico, o grupo andou ocupado em 2010 por conta da turnê de promoção de seu mais recente disco "'Backspacer" — eles fizeram shows pela Europa e pelos Estados Unidos em 2010.

Ainda segundo Gossard, o Pearl Jam vai comemorar 20 anos de carreira em outubro, com apresentações nos dias 23 e 24, no Bridge School Benefit, festival organizado pelo cantor e compositor canadense Neil Young em benefício de crianças com deficiência motora.

"Será a única coisa que faremos em outubro, mas será muito especial. E é nosso aniversário de 20 anos, algo apropriado. Mas não é por nós, e sim por aquelas crianças e pelo compromisso e influência de Neil Young", disse o guitarrista sobre os shows, que acontecerão no Shoreline Amphitheater, em Mountain View, na Califórnia.

Quanto a um novo álbum, Gossard declarou que os integrantes do Pearl Jam vão se reunir provavelmente antes dos shows, para registrar novas ideias. "A banda vai se encontrar [inicialmente] sem Ed [Vedder, vocalista] e começar a gravar algumas demos e algo mais que ele possa ouvir" diz Gossard, que está em Nova York, onde excursiona com a banda Brad na turnê Band of Horses.

No mês passado, a banda anunciou que faria uma pausa indefinida, por tempo indeterminado, durante uma apresentação em Portugal. “Obrigado por vir ao nosso último show. Não será o último para sempre, mas o último por muito tempo”, disse Eddie Vedder no festival Optimus Alive, em Oeiras, nos arredores de Lisboa.

O último álbum do Pearl Jam é "Backspacer". Lançado em 2009, estreou no topo da parada da Billboard à época.





[g1]

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Empresa canadense anuncia veículo elétrico feito com cannabis



Toronto (Canadá), 23 ago (EFE).- Uma companhia canadense anunciou seus planos para fabricar um automóvel elétrico cuja carroceria será feita com cânhamo, uma variedade do cannabis, e que alguns já começaram a denominar de "o sonho dos hippies".

A empresa Motive Inc chama o veículo de Kestrel e o qualifica como "o primeiro veículo elétrico de carroceria bio-composta" do Canadá.

Motive disse através de um comunicado que o Kestrel realizará sua estreia comercial durante a conferência EV 2010 VÊ que será realizada em setembro em Vancouver.

O desenhista do carro, Darren McKeage, afirmou que "os veículos elétricos precisam ser eficientes por isso que o desenho do Kestrel tinha que ser simples (com o mínimo de componentes), leve e atrativo para os olhos".

Para isso, a carroceria será composta de um material produzido com esteiras de cânhamo pela também empresa canadense Alberta Innovates Technology Futures (AITF) com cannabis produzido na localidade canadense de Vegreville.

O presidente da Motive, Nathan Armstrong, afirmou: "vimos a oportunidade única de realizar progressos significativos no setor do automóvel e apoiar o setor canadense do automóvel ao proporcionar produtos sustentáveis e oportunidades para criar novos trabalhos 'verdes' no setor manufatureiro".

A empresa assinalou que no final de agosto começará as provas do veículo.






[msn notícias]

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Diretor trabalha em documentário sobre os Stooges


Considerada por muitos como a precursora do que viria a ser o Punk Rock no final dos anos 70, a banda The Stooges terá sua história contada nas telas de cinema. Em entrevista ao site Pitchfork, o diretor de cinema Jim Jarmusch (“Ghost Dog”, “Flores Partidas”) afirmou que foi convidado pelo próprio Iggy Pop para comandar as gravações de um documentário sobre a carreira da banda.

“Foi algo que Iggy me pediu para fazer”, contou o diretor. “Há uma regra na minha casa que se Iggy estiver tocando em qualquer lugar num raio de 90 milhas, nós vamos até lá”, disse Jarmusch, demonstrando ser fã do cantor.

Mas é melhor não fãs não ficarem ansiosos pelo filme. Segundo Jarmusch, ainda levará alguns anos para o projeto ficar pronto e, finalmente, chegar às telas de cinemas. “Levará alguns anos. Não há motivo para ter pressa”. Apesar de atiçar a curiosidade dos fãs, o diretor não comentou sobre o atual estágio do projeto, nem forneceu outros detalhes.

3º ROCK IN SÃO ROQUE



o ROCK IN SÃO ROQUE é o grande marco de celebração do movimento musical na região. Uma experiência memorável de efervescência cultural que será realizado no dia 18 de Setembro na Linha São Roque, em Anchieta - SC.

O espaço do evento está preparado para receber muito bem o público, com completa estrutura e uma grande área para acampar.

Considerada por muitos como a maior festa de rock and roll do Extremo-Oeste Catarinense, esta 3ª edição do ROCK IN SÃO ROQUE contará com shows de 4 bandas da região.
Com certeza será um noite de muito Rock and Roll!


A noite será ainda mais especial pois também será o lançamento do CD da banda Pequena Place.
Para ouvir uma prévia do CD acesse o MySpace da banda; http://www.myspace.com/bandapequenaplace


















Bandas:
Encruzilhada Blues (Palma Sola)
Hipnose Setentista (Mondaí)
Pequena Place (Anchieta)
Dops Jim (São Lourenço do Oeste)

Onde:Linha São Roque, que fica a 5km de Anchieta - SC
Quando: 18 de Setembro de 2010
Ingressos: R$10,00
Mais informações em: www.roqueinsaoroque.com

Legião Urbana: discografia será relançada em vinil


A gravadora EMI Music vai relançar em vinil neste ano de 2010 toda a discografia da LEGIÃO URBANA.

Todos os trabalhos compreendidos entre o primeiro álbum homônimo, de 1985, até a compilação dupla "Música Para Acampamentos", de 1992, foram lançados originalmente neste formato.

Nova biografia de Syd Barrett a caminho

“Syd Barrett: a Very Irregular Head”, escrito por Rob Chapman, conta a história do fundador e vocalista do Pink Floyd, Syd Barrett, e será lançado em maio deste ano – ainda não há previsão de tradução da obra para o português.

O livro possui 448 páginas e segundo uma nota presente no site não oficial do PINK FLOYD, Brain Damage, a obra “celebra a vida e legado de Barrett como músico, compositor e artista, destacando a influência que ele continua a exercer sobre bandas contemporâneas e fãs de música”.

Syd Barrett foi o mentor do PINK FLOYD em sua fase inicial. É dele a maioria das composições do álbum de estréia da banda “The Piper at the Gates of Down” (1967). No entanto, o consumo exagerado de drogas, aliado a problemas de saúde, fez com que o músico deixasse o PINK FLOYD em 1968. Após alguns trabalhos solos, Barrett seguiu recluso por um longo período, vindo a falecer em 2006.


[Brain Damage]

sábado, 21 de agosto de 2010

Há 21 anos morria Raul Seixas


Os biógrafos costumam dizer que Raul Seixas levou o rock às últimas consequências. Nos últimos anos de sua vida, mesmo sofrendo de pancreatite, ele não se afastou do consumo de exagerado de drogas e álcool. A doença levou à morte o Maluco Beleza aos 44 anos, no dia 21 de agosto de 1989.
Para eles, a decadência perante o público, os problemas com empresários e gravadoras são problemas menores diante da sua relevância artística. Passados 21 anos, seus principais hits são conhecidos do grande público.
O interesse pela obra de Raulzito reacende em novas gerações de fãs, que fazem questão de soltar a voz com o grito “Toca Raul”. Ainda hoje é possível ouvir o jargão em bares, pistas de dança e shows de rock.
Um dos legados do roqueiro é parecido com o fenômeno que acontece com o "Rei do Rock" Elvis Presley: inúmeros sósias fazem questão de se vestir de forma idêntica a Raul e atuar fazendo covers do cantor. A sua confirmação, como mito do rock nacional, é frequente em homenagens no teatro, na TV, nas biografias e relançamentos de álbuns.

Documentário é aguardado para 2010
O longa-metragem dirigido por Walter Carvalho e Evaldo Mocarzel promete estrear nas telas ainda em 2010, trazendo depoimentos de parentes, amigos e antigos parceiros, como o escritor e letrista Paulo Coelho, que trabalhou com Raul na composição de músicas que fizeram parte da fase mais conhecida da carreira do roqueiro.
Em 2009, um trecho do filme foi exibido durante o Festival do Rio. O teaser mostrava o cantor se dizendo apaixonado por cinema. "Espero acabar em Hollywood”, brincava, irônico, afirmando ser um ator que fingia ser cantor.
Sua interpretação é lembrada graças a videoclipes para o Fantástico, nos quais Raul extravasava sua criação. As perfomances são destacadas pelos cenários em chroma key e pela produção, como as dançarinas presentes em "Sociedade Alternativa" - um dos primeiros clipes musicais feito a cores no Brasil, exibido em 1974.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Elvis Presley morria há 33 anos. Será mesmo?



Por NINA RAMOS

Uma vez uma pessoa disse que a gente só morre mesmo quando é esquecido. O corpo, ou seja, a matéria, pode até acabar. Mas enquanto tiverem pessoas que se lembrem de nós e para quem ainda façamos alguma diferença, mesmo que de outro plano, estaremos vivos. E fã incondicional tem disso. Fã que é fã tem aquele negócio de não “deixar” o ídolo morrer nunquinha.

Prova é o que não falta por aí. Mas nesta segunda-feira (16) vamos destacar uma em especial. Há 33 anos o mundo perdeu um dos maiores artistas que já passou por aqui: Elvis Presley. E mais vivo que ele, só Michael Jackson, que causou tanta comoção quanto Elvis no dia de sua morte.

A frase “Elvis Não Morreu” virou jargão e caiu na boca do povo. Isso porque seguidores do cantor simplesmente não conseguiram acreditar que tinham perdido – será que perderam mesmo? – o ídolo de forma tão duvidosa. O dia 16 de agosto de 1977 continua confuso, e os acontecimentos em Graceland nunca mais foram explorados.

O que se sabe é que um dia antes de morrer, Presley foi ao dentista tarde da noite. Ele chegou em casa, se distraiu um pouco e foi deitar por volta das quarto horas da manhã. Por volta das 10 horas, o cantor teria levantado para ir ao banheiro e pronto. Uma lacuna se formou a partir deste ponto até 14 horas, quando o corpo foi encontrado por Ginger Alden, namorada de Presley na época.

Muitos afirmam que, assim como Michael Jackson e outras estrelas do showbizz mundial, Presley era viciado em medicamento e sofreu um colapso fulminante associado à disfunção cardíaca. A lenda mais famosa é que o artista queria fugir de tudo e todos e fingiu a própria morte. Presley pode até já ter morrido, para os crentes desta lenda, mas não foi na data de 16 de agosto. Segundo contam por aí, ele estaria vivendo tranquilamente em uma ilha deserta, afastado de tudo e todos.

Mais incrível ainda é a história que diz que o local de refúgio escolhido por Presley foi nossa vizinha Buenos Aires, na Argentina. O boato tomou mais força quando uma foto de um milionário chamado John Smith foi divulgada. Na imagem, o senhor aparece de muletas, com a perna imobilizada, usa óculos escuros grandes e costeletas, como Presley usava – e como diversos homens também, pois era moda na época.

Mentira ou não, fatos sinistros foram relacionados com esta teoria. A grande retirada de dinheiro e jóias de Graceland uma semana antes do óbito é forte evidência. John Burrows era um dos pseudônimos que Presley usava e foi identificado horas depois da divulgação da notícia do falecimento, pois teria comprado uma passagem só de ida para Buenos Aires.

Uma grande amiga de Presley, Miss Foster, como era conhecida, também entra na dança. Ela teria sido avisada pelo próprio sobre seu sumiço dois dias antes de sua morte. Prelsey ligou para Foster avisando do cancelamento de sua turnê e pedindo para que ela não acreditasse nos boatos que viriam por aí, porque ele estaria bem. As autoridades americanas fizeram testes psicológicos na moça e comprovaram que ela falava a verdade. Contudo, eles não tinham prova concreta de que o cantor teria mesmo forjado o fato.

Na internet, inúmeros portais e blogs foram criados com o único propósito de se debater o tema. Se estivesse vivo, Presley estaria com 75 anos. E se queria mesmo fugir do assédio da imprensa, só o que conseguiu foi ganhar cada vez mais espaço e apreciadores de seu trabalho. Se sua morte é lenda, ninguém pode saber. Mas que o cara virou mito, isso virou.

O imobiliário do “Rei do Rock” tem gerado muitos milhões de dólares, a partir de músicas, DVDs, acordos e turismos para a cidade onde Presley morreu, Graceland. No total, o patrimônio do roqueiro depois de sua morte atinge £ 1 bilhão (cerca de R$ 2,69 bilhões).

sábado, 14 de agosto de 2010

Paul McCartney terá um álbum tributo



Paul McCartney terá um álbum tributo, no qual participarão Billy Joel, B.B. King, Garth Brooks, Paul Rodgers, Kiss, entre outros.
O Kiss afirmou no Facebook que não se sabe o nome do álbum, a data de lançamento e quais músicas serão incluídas. No entanto, a banda confirmou que escolheu a faixa "Venus and Mars/Rockshow" para homenagear o músico britânico.
"Nós consideramos uma honra sermos convidados para participar dessa homenagem a um dos cantores de maior influência, sem mencionar que era um expoente na melhor banda de todos os tempos: The Beatles", escreveu o Kiss no Facebook.

SWU Music and Arts Festival confirma O Teatro Mágico



O evento que acontece entre os dias 9 e 11 de outubro na fazenda Maeda, em Itu, reunindo música, artes e consciência numa experiência inédita no Brasil.




O Teatro Mágico

Depois de sete anos de trabalho e mais de 280 mil Cds vendidos, a trupe do Teatro Mágico fará no SWU Music & Arts Festival um dos últimos shows da turnê “O Segundo Ato”. A trupe criada por Fernando Anitelli traz música, circo, poesia e elementos do teatro dialogando no mesmo espaço, apoiados por uma ideologia. É neste contexto de sarau amplificado que “O TEATRO MÁGICO” vem trilhando seu caminho há cerca de sete anos. Procurando explorar a questão do livre compartilhamento na internet e defendendo a bandeira da música livre, o Teatro Mágico se apresenta com um perfil questionador e contestador. Fernando Anitelli, 36 anos, ator, músico e compositor, é o responsável pela criação do projeto “O Teatro Mágico”. Nascido em Presidente Prudente e criado na cidade de Osasco (SP), Anitelli brinca com arranjos e melodias desde os 13 anos. “Quando vi que rimar amor com humor funcionava, não só na estética e na melodia, mas no sentido que aquilo tinha pra mim, nunca mais parei de fazer música”, revela.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ator de 'Lost' conta como foi parar em capa de novo CD do Weezer




No início da semana, a banda Weezer divulgou que seu próximo CD contará com a imagem do ator Jorge Garcia em sua capa. A razão? O álbum se chamará "Hurley", mesmo nome do personagem interpretado por Garcia na cultuada série "Lost".
Nesta quinta-feira (12), o ator explicou ao site da revista Entertainment Weekly como ele foi parar na capa da banda indie.
Garcia conheceu Rivers Cuomo, o líder do Weezer, nos bastidores de um programa de TV, em maio. Na ocasião, Cuomo pediu para tirar uma foto a seu lado e os dois tiveram uma rápida conversa.
Dois meses depois, o agente de Garcia recebeu uma ligação perguntando se a foto poderia ser utilizada na capa do próximo álbum da banda.
"Foi incrível", diz Garcia, fã há tempos do Weezer. "É tão bom quanto se lançassem um boneco do meu personagem. O mais bacana de tudo é que eles usarão a imagem sem fazer nenhuma alteração. Eles quiseram usar aquela foto especificamente. É surreal."
Cuomo "ama" a foto
O Weezer não tem o costume de nomear seus álbuns. Alguns deles são conhecidos como “álbum verde”, “álbum azul” e “álbum vermelho”. “Eu simplesmente amo essa foto do Jorge Garcia. Ela tem uma energia incrível”, descreveu Cuomo para o site Spinner.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Júpiter Apple - Calling All Bands



Para entrar no clima do show do Júpiter em Chapecó dia 21.

Festa Anos 60 em Palma Sola



No último domingo (08/08) aconteceu na Black Som em Palma Sola a festa anos 60.
Mas o que esperamos de uma festa como essa? Quem estava à procura de música boa, diversão e pessoas legais com certeza conseguiu encontrar tudo isso, e ainda de lambuja pôde encontrar bebida barata.

O que mais me enche os olhos de alegria em festas como essa são os jovens com suas jaquetas de couro, topetes, cintos e muita brilhantina, ou quem sabe apenas uma roupa herdada dos avós.

Ir à festas sessentistas nos faz lembrar de como aquela época foi importante para a cultura mundial. Imagine como o mundo seria careta sem os anos 60, sem a pop art, sem Beatles, Stones e todos os artistas que explodiram para o mundo naquela década.

A trilha sonora da festa ficou a cardo do André Moura, que tão bem se identifica com os anos 60 e transmite isso nas ruas apresentações. Não da para deixar de lembrar do Fábio Pauleti, que estava no comando do som mecânico, também com hits dos anos 60.

Esperamos que hajam mais festas como essa aqui por perto.

Algumas fotos da festa;








quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Belle & Sebastian divulga capa e nome de novo álbum



O grupo escocês Belle & Sebastian divulgou em seu site oficial nesta quarta-feira (11) a capa e o nome de seu novo álbum.

“Belle & Sebastian write about love” é o primeiro disco do grupo desde “The life pursuit”, de 2006. Ainda não há data de lançamento prevista para o trabalho.

A banda estava em hiato e se reuniu em março deste ano para gravar o novo álbum em Los Angeles. Na ocasião, o grupo contou a notícia aos fãs por e-mail. “Nós estivemos em estúdio nas últimas semanas escrevendo novas faixas e em breve nós nos despediremos de Glasgow para viajar para Los Angeles e gravar nosso novo disco”, explicava a mensagem.

O Belle & Sebastian também voltou a se apresentar ao vivo, com shows previstos para a Suécia e a Suíça no final de agosto e com uma turnê norte-americana prevista para outubro. “Write about love” é o oitavo álbum da banda.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Assassino de John Lennon tenta libertação 30 anos após crime


O assassino de John Lennon comparece a partir desta terça-feira (10) perante uma comissão penitenciária pra solicitar sua liberdade condicional, quase 30 anos depois do tiro que matou o ex-Beatle em Nova York.
Mark David Chapman, hoje com 55 anos, fará o pedido de condicional pela sexta vez, aproveitando uma revisão de penas programada para o presídio de Attica, na região norte do estado de Nova York, onde ele está preso.
"Acontecerá hoje ou amanhã (terça ou quarta-feira)", disse um porta-voz da comissão, indicando que, por ser uma penitenciária muito grande, entre 40 e 60 detentos comparecerão à mesma comissão que Chapman.
A junta será integrada por duas pessoas, que anunciarão no dia seguinte o resultado da audiência.
Chapman matou Lennon no dia 8 de outubro de 1980, em frente ao prédio onde o músico morava, perto do Central Park. O crime chocou o mundo, e deixou de luto seus milhões de fãs.
Em 1981, Chapman foi sentenciado à prisão perpétua, com possibilidade de condicional após cumpridos 20 anos de pena.
Yoko Ono, viúva de Lennon, já declarou várias vezes que é contra a libertação do assassino de seu marido. Todos os pedidos anteriores de condicional, apresentados por Chapman em 2000, 2002, 2004, 2006 e 2008, foram negados pela Justiça.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Disco 'Back in Black', do AC/DC, completa 30 anos de lançamento


Há 30 anos, foi lançado "Back in Black", o disco emblemático da banda australiana AC/DC, mas o passar do tempo não desbotou sua capa preta e nem a atmosfera que o envolveu.

Reza a lenda que quando Bon Scott, primeiro vocalista do grupo, gravou o disco "Highway to Hell" (1979), ele pressentia sua morte e encarou a canção homônima como uma despedida, que seria seguida, em 25 de julho de 1980, pelo principal álbum do grupo: "Back in Black".

Com as faixas "Hells Bells", "Shoot to Thrill", "What Do You Do for Money Honey", "Giving the Dog a Bone", "Let Me Put My Love into You", "Back in Black", "You Shook Me All Night Long", "Have a Drink on Me", "Shake a Leg" e "Rock and Roll Ain't Noise Pollution", o álbum marcou a história da música.

Razões não faltam - e não são exageros -, já que o disco marcou o início de uma nova etapa do grupo, com o vocalista Brian Johnson, que, com seu particular timbre de voz, deu o tom característico às músicas do AC/DC.

Quando Scott estremeceu o mundo ao cantar "Highway to Hell" em 1979, para depois morrer de uma intoxicação alcoólica em 19 de fevereiro de 1980, tudo indicava que uma lenda estava por nascer.

Bastaram cinco meses para que a banda australiana curasse suas feridas, reaparecesse com um novo vocalista e estreasse, no dia 25 de julho daquele ano, "Back in Black", um trabalho que encerrou muitos simbolismos e se tornou uma lenda.

O som do AC/DC tinha ficado mais intenso, soava fúnebre e dava a "Back in Black" um tom de homenagem à morte de Scott.

E seu sucesso continua crescendo. O disco foi reeditado em 1994 e lançado em edições especiais como parte de "Bonfire", um box de discos lançado em 1997, além das remasterizações dos álbuns do AC/DC feitas por George Marino em 2003.

A última versão especial foi lançada há seis anos em um formato duplo, que inclui um versão com o som melhorado e um documentário que fala sobre a história do disco.

CURIOSIDADES

"Back in Black" vendeu mais de 50 milhões de cópias, número que o tornou o segundo disco mais vendido da história da música, apenas abaixo de "Thriller" (1982), de Michael Jackson.

Além disso, em 13 de dezembro de 2007, recebeu o certificado "22x Multi Platinum" da Associação da Indústria Fonográfica dos Estados Unidos (RIAA na sigla em inglês), pela venda de mais de 22 milhões de cópias no país.

O álbum, produzido por Robert John "Mutt" Lange, foi gravado durante os meses de abril e maio de 1980 nos Compass Point Studios em Nassau, nas Bahamas, e nos Electric Lady Studios, em Nova York.

sábado, 7 de agosto de 2010

JÚPITER MAÇÃ



1- Jazz fusion, samba-jazz, música celta, medieval, judaica, psicodelia, rock de Manchester, rock de Detroit, Nuggets, canções jazzy de cabarés franceses e alemães, minimalismo, folk, música concreta, slogan-art, Beatles, Stones, Birds, Stereolab, Syd Barret, Bob Dylan, David Bowie, Lou Reed, Mutantes, Tropicalismo, Jovem Guarda. Bossa Nova, Ficção Científica, Cinema, Artes Pláticas, Semana de 22, psicotrópicos, beatniks, sexo, mentiras e vídeo-tape.

Querer abarcar essa gama de variações, é bem próprio de um espírito camaleônico. Para tanto, um ônus: a angústia da síntese. Como recensear tudo isso?

Júpiter Maçã é um espírito raro. Basta que passemos em revista artistas e bandas de rock. Cada um buscou a identidade, valor máximo que um artista pode pleitear. E de nada terá valido tantos anos de estrada se não for alcançada essa voz própria, pela qual se possa ser reconhecido.

E quando a identidade deixa de ser o paradigma? Quando, ao contrário, a quebra de expectativa passa a vigorar numa carreira, gerando inclusive muitos mal-entendidos. Como é que fica? Uma identidade que se construiria a partir de múltiplas máscaras. Esse é o caso de Flavio Basso, vulgo Woody Apple, vulgo Júpiter Maçã, vulgo Júpiter Apple, vulgo... Apple Sound?

2- Começou no TNT. Banda gaúcha, ainda da década de 80. Júpiter não chegou a gravar com ela, mas compôs todas as músicas de seu primeiro disco. O motivo alegado da saída: a banda não comprou a idéia das músicas de sacanagem. E de fato, no disco, não vamos encontrar esse universo: “A Irmã do Doctor Robert”; “Charles Máster”; “Baby, eu vou Morrer n’outro Planeta”; o jazz tradicional “Veja Amor”, uma ruptura no disco; “Dentro do meu Carro” – se destacam. Ainda assim, são os seus primeiros passos, o início de um longo aprendizado.

Um ano após o lançamento do TNT, os Cascavelletes, sua segunda banda, lança seu primeiro disco e pela BMG. Estamos em 1988, e entre músicas como “Menstruada”, “Carro Roubado” e “Morte por Tesão”, todas diretas e sem subterfúgios, um caso raro na música brasileira onde a censura das majors vinha substituir a dos militares, a música que acabaria se destacando seria “Jéssica Rose”. E o curioso é que se destaca não pela linguagem picante que predomina no disco, mas porque abre um espaço de diferença no meio de um rock primário – um folk da pesada, estilo que estará, a partir daí, arqui- presente.

Depois, surge o primeiro demo dos Cascavelletes, datado de 1990. Das sete músicas apresentadas, “Rosas de Amor” é de longe a mais interessante, num entrecruzamento bizarro de Ian Curtis e Johnny Cash. O restante é irregular. Mas ainda assim, dentro do seu primitivismo, podemos já realçar uma marca que o diferenciava, por exemplo, da Graforréia Xilarmônica, banda gaúcha que participava da mesma cena: a sinceridade rasgada. Nada mais beat. Era uma ingenuidade valiosa, que refletia inclusive no timbre da voz – já tive a oportunidade de comentar, aqui neste mesmo blog, sobre a questão da entonação. Nesse sentido, o compositor é sempre o melhor cantor.

Na segunda demo, um ano após o lançamento da primeira, se destaca “Lobo da Estepe”. A versão de “I feel Good” é também genial, e “Se eu fosse Mulher” tem um verso símbolo que, não só prepara para o que virá no futuro, como também expressa essa valiosa ingenuidade da qual nenhum grande artista poderá se apartar: “Se eu fosse mulher/seria infiel,/teria mil amantes na torre de babel”.
Depois de um compacto com as músicas “Sob um Céu de Blues” e “Homossexual”, viria o disco mais importante da banda pela gravadora Trama: Rock’A’Ula. Na sua maior parte, predomina o estilo sacanagem que acabou dando à banda sua principal marca. Mas apesar da punhetinha de verão da “Nega Bom Bom”, ou da sente no meu colo, pise no acelerador da “Cão e Cadela”, tem também: “Gato Preto” – original até debaixo d’água –; “Sorte no Jogo, Azar no Amor”, que se Bruno e Marrone escutassem, iriam querer gravar; “DISCO” que também é um estilo, ao qual, Júpiter, pensando na pista, sempre irá recorrer; sem contar com as belas e já conhecidas “Jéssica Rose” e “Lobo da Estepe”.

Vortex é o fim do caminho: o pior disco da banda. Aqui não existe mais espaço pra diferença, o predomínio é a sacanagem, que se cristaliza e põe fim à banda. “A Última Virgem”, “Estupro com Carinho”, Minissaia sem Calcinha” são símbolos de uma geração que não era representada pela mídia. E Júpiter foi seu porta-voz, ainda que corresse o risco do precário. Nem Mamonas, nem Raimundos foram tão diretos. A sua co-irmã Graforréia, não fosse a guitarra de Birck, soaria politicamente correta e sem alma.

3- Entre 1994 e 1995, com uma banda do Mato Grosso, Os Pereiras Azuis, Júpiter começa a preparar o repertório de um futuro disco solo (essa experiência foi inclusive registrada).

Até que em 1996, pela Trama, com produção de Egisto Del Santo, e Glauco Caruso na bateria e percussão, Emerson Caruso baixo, e Júpiter no resto (guitarra, violão, craviola de 12, teclados, harmônicas e vocais), sai o seu primeiro disco solo: Sétima Efervescência. E é um corte. Foi eleito, pela Revista Rolling Stones, um dos 100 discos brasileiros mais importantes de todos os tempos.

A primeira coisa a se ressaltar: a coragem da ruptura. O que poderíamos entender até como traição. Se na fase anterior predominava o puro sexo, a imagem direta, aqui é outro o paradigma: o psicotrópico, a ambigüidade e o espaço mental.

Em comparação à fase anterior, ocorre uma sublimação. Conversar talvez seja mais importante que trepar. A amizade e o amor expressam um espaço abstrato que se abre agora, sem que para isso seja necessário eliminar a intensidade vivida.

A música símbolo é “Eu e minha Ex”. E tal como o título indica, não é mais uma relação unívoca: talvez sejam um só de novo em outro planeta, dimensão, circunstância e situação. É a ingenuidade valiosa capaz de dizer na cara o que por si só é tão complexo. E os dois estão falando sobre suas vidas. E o que eles querem mesmo é amizade. Essa superação que é tão difícil e da qual ele desconfia não ter conseguido ainda efetuar. É uma relação ambígua, complexa, entre ele e sua ex. E no entanto, é sua ex: ela tem novas idéias, discos, filmes, diferentes de quando ele opinava.
A estrutura da música é bipolar ( a primeira parte é bem diferente da segunda). O arranjo sinfônico de Birck convive lado a lado com o rock dos Beatles (Birck, aqui, é o George Martin de Júpiter). E a música, tal e qual o texto, tal e qual seu arranjo, tal e qual a carreira de Júpiter, não é mais unívoca. Essa complexidade, à que se agrega a psicodelia, mais um elemento novo do qual Júpiter não vai mais se afastar, corrobora do sentido do distanciamento do real. O outro é o próprio eu, com o qual ele conversa em “As Tortas e as Cucas” – “falei com a minha sombra”. As mulheres são os psicotrópicos (Querida Superhist e Miss Lexotan). Ao invés do cadilac e da moto, novos espaços planetários (Sociedades Humanóides Fantásticas) e um lugar do caralho.

Ainda que “O Novo Namorado” resista monocórdio, o novo paradigma é a “Essência Interior” – aqui, no espaço sincrônico da canção, ele se masturba mas está ligado na essência interior dela. Essa duas imagens contrárias, lado a lado, dão o tom à Sétima Efervescência e a fazem bem distante dos Cascavelletes.

Qual outro artista brasileiro terá empreendido tamanha mudança? Vale acrescentar aqui a música medieval de “Canção para Dormir”, a bossa nova que se introduz em “Sociedades Humanóides Fantásticas” (it’s a skylab) e a colagem em “Sétima Efervescência Intergaláctica”. Finalizar o disco com a colagem é de uma certa forma afirmar a referida técnica. As partes diferentes de qualquer música sua, a partir daqui, sugerem mais um processo de colagem, tamanha a diferença entre elas, do que um desenvolvimento orgânico.

4- Plastic Soda, de 1999, fim de século, é uma nova virada. Ele já anunciava em “The Freaking Alice”, que por sinal tem o verso mais poético de sua obra – seus pezinhos embarrados por pintora. Mas nessa música, ele afirma: “toda mutação acaba sendo evolução”. E ele agrega agora a bossa-nova.

O disco, elogiado por Caetano e Tom Zé, receberia alguns prêmios: troféu Açoriano do RS e APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). A essa altura, Júpiter se afirmaria como um dos nomes mais importantes do sul. A maturidade é expressa em versos como: “ Talvez não vá demorar muito tempo,/ a sombra de um homem crescido surgir”, em “Welcome to the Shade”. O disco, todo composto em inglês, confirma a trajetória de sublimação, iniciada em Sétima Efervescência. Em “Over the Universe”, ele diz: “Fonte do amor astronômico metafísico,/ o foguete toca o céu/ e vai diretamente do meu coração para o seu”. Uma outra face dessa sublimação, o real passa a ser reflexo do eu: “ Você vê o rapaz e a empregada em flor,/ talvez sejam apenas seu reflexo o tempo todo”, em “ A Lad & a Main in the Bloom”.

Se algumas canções continuam a experiência da psicodelia do disco anterior (“Sambe Groove Theme”, “24 Hours Nude”, “Head Head”, “The True Love of the Spider”), a novidade serão aquelas limpas de distorção e que acentuam a beleza das canções. É o caso de “Morning Intuition Man”, ainda que nesta, além das cordas e da voz a nos dar a sensação de distorção e desafinação, tem também em seu final uma colagem de sons, artificialmente introduzidos, que sublinham o caráter complexo e experimental de sua obra. Mas, “Bridges of Redemption Park”, “Over the Universe”, “Plastic Soda” e “Welcome to the Shade”, mostram um outro lado do compositor: são canções limpas, belas e tranqüilas. O que não diria dessas canções o libidinoso adolescente que se criou ouvindo Os Cascavelletes?

5- Quando aparece Hisscivilization, o susto não foi menor. Também pudera. Se quase foi abolido aqui a psicodelia, por outro lado são agregados o minimalismo e a música concreta. O texto perdeu sua importância. Se no disco anterior, composto em inglês, o texto já perdia força, podíamos apenas flagrar aqui e ali bons achados poéticos, já em Hisscivilization, Júpiter se debruça no som e produz um disco digno de um Egberto Gismonti ou Edu Lobo. Disco de texturas e muitas camadas, onde o teclado (sintetizador, órgão e moog) é arqui-presente. Não podemos esquecer aqui Cuca Medina no primeiro e Astronauta Pingüim nos outros dois.

A voz feminina (Thalita F Jones) torna-se importante nesse disco e deixa de ser presença secundária. Além disso, valoriza-se a linguagem oral, é o caso de “Overture and the Something Else” e “In the Presence of Zogh Zucchini”. Em “Metrópole”, o riso feminino e espontâneo ao final da faixa, procedimento ao qual Júpiter vez por outra se utiliza, mostra o quanto seu trabalho assimila o acidental.

Se a música concreta e industrial estão presentes, principalmente ao final das faixas, como é o caso de “Homeless and the Jet Boots Boy”, “Overture and the Something Else”, “In the Presence of Zugh Zucchini”, também nessas o minimalismo, que nos remete a Philip Glass, marca presença.

Foi mais uma virada porque, se no disco anterior a novidade eram as belas e simples canções bossanovistas, em Hisscivilization Júpiter retoma o que talvez seja sua maior característica: a complexidade, seja da própria composição, constituída de partes bem diferentes entre si, seja do arranjo, integrando diversas técnicas numa mesma faixa.Essa saturação de elementos me faz lembrar a banda de interior que é inserida ao final de “Pyrus Malus et Fragaria Vesca”.

6- Quando Bitter aparece em 2007, na verdade sua gravação é anterior à Hisscivilization. Mas serve como mais um contraste. Desta vez não é Thalita, é Bibmo. A gravação é feita numa tomada só, os arranjos são simples, e o camaleão nos oferece um desfile de máscaras. Um retorno ao velho rock and roll, do qual seus fãs se sentiam ausentes. Simples e coeso. Bob Dylan reaparece em diversas faixas: imitá-lo, como Júpiter o faz, pode dar a dica do seu método de trabalho. Mas não é só Dylan. Em “Clowns”, Johnny Rotten; em “Exactly”, que já constava do disco anterior, os irmãos Gallagher; em “Down Mith Girl”, Lou Reed. Descubra você onde está Iggy Pop, ou David Bowie, ou Jefferson Airplane.

Me diziam, algum tempo atrás, que Júpiter só olha o umbigo. E foi mesmo essa impressão que tive ao ser entrevistado por ele na MTV. Ao menos o Jô estuda antes a pauta, há uma pré-entrevista, ele não entra vendido no lance. E naquela entrevista da MTV, ou a produção não deu a Júpiter as informações, ou se deu, ele desconheceu. E entrou vendido no lance. Ali, tive a certeza de que o umbigo é o seu livro. Mas ao me debruçar em sua obra, mais uma rasteira. Porque seu trabalho é justo o contrário: não é seu umbigo, é o mundo; seu método de trabalho é quase uma mímesis e Bitter nos mostra isso com clareza.

7- “Uma Tarde na Fruteira” é sua obra prima. Súmula das súmulas, o camaleão finalmente consegue dar a síntese dos caminhos já trilhados. Era a angústia do camaleão: fazer o recenseamento; colar o espelho partido. Porque se sua essência é a fragmentação, sua angústia também o é. Daí seu desejo de juntar pedaços.

Se nos discos anteriores, esse desejo se manifestava, ainda assim estava longe do equilíbrio alcançado agora.

Mas a sensação de rasteira que sempre sentimos ao nos debruçarmos sobre ele, estranhamente, aqui desaparece. Justo na sua obra prima, na súmula das súmulas. Até em suas apresentações ao vivo, que faziam muitos dos seus fãs se descabelarem revoltados, a rasteira era aplicada. Nunca a apresentação era a reprodução do disco. E nem havia como ser. Não só pelas dificuldades técnicas, mas principalmente pelo seu modus operandi: sempre ser outro. A justificativa das drogas e do álcool é secundária. Se não fossem eles, seria outro o motivo. Mas o Júpiter do disco não é mesmo o Júpiter ao vivo. E isso se integra ao sentido geral do seu trabalho.

“A Marchinha Psicótica do Dr. Soup” serve como uma bela alegoria do espelho partido: é o mosaico de imagens mil. No disco, a língua portuguesa é retomada. A palavra é sempre mais conservadora que a música. O que não dizer então da imagem, mais conservadora ainda porque congela à superfície o movimento profundo dos sons. E esse é o disco mais plástico de Júpiter.

Mas a imagem, ainda assim, é complexa: Woody Allen, Allen Ginsberg e Bob Dylan num mesmo ser.

Em seguida, o “Tema de Júpiter Maçã” retoma o recenseamento. Não é à toa que, mais adiante, em “Mademoiselle Marchant”, música de estrutura complexa onde a primeira parte, constituída por acordeon e judaísmo, dá lugar a um rock sessentista, ocorre esse verso: “existe antiquários hoje em mim”.

E cada faixa traz à tona uma faceta já explorada: a música celta (“As Mesmas Coisas”, “Plataforma 6”), a MPB tropicalista (“Uma Sorvete com Você”), o orientalismo (“Beatle George”), a bossa-nova de Sérgio Mendes (“Carvão sobre Tela”), o samba-jazz (“Plataforma 6”), a música judaica (“Mademoiselle Marchant”), a música eletrônica (“Base Primitiva”), a música de pista (“A Menina Super Brasil”), a música concreta (“Viola de Aço”), o folk (“Little Raver”), o jazz-fusion (“Plataforma 6”), a psicodelia (“As Mesmas Coisas”), o minimalismo (“Viola de Aço”). Neste último exemplo, incide uma outra faceta já comentada: a incorporação de acidentes, erros e acaso (uma falha no equipamento leva Júpiter a improvisar um folk, no qual, fala do defeito e o insere na música).

Mas nada se compara à “Casa de Mamãe”. Se em Sétima Efervescência, “Eu e minha Ex” é a música-síntese , exprimindo uma nova relação – eu e minha ex – mais complexa e menos direta, “Na Casa de Mamãe” é a consolidação de um estilo. É o que há de mais bipolar na MPB, seja na estrutura melódica, seja na estrutura poética. “Me sinto um pouco decadente, mas com estilo”. As frases de Júpiter são sintéticas, no melhor estilo inglês, e isso vem desde sua aprendizagem no TNT e nos Cascavelletes. Mas aqui ele se supera. Como se a decadência estivesse ligada a esse esforço de fixação de um estilo, um esforço de identidade. Ainda que permaneça cult underground, como na marchinha, ele já visualiza em 2020 a sua transformação para hit nacional. Na Fruteira, sua ansiedade é finalmente estancada. Se chá e cachaça, ou, serenidade e histeria, perpassam a “Casa de Mamãe”, não haverá melhor retrato de uma obra que primou pela diferença e pela identidade. E se minha abordagem optou acompanhá-lo desde os primeiros passos, tentando flagrar mutações e desvios, sobretudo sua imitações, foi sempre no sentido de tomar partido pela Diferença. A herança cultural lhe permitiu se perder, fugir de si e enraivecer os fãs. Poucos compositores foram capazes de ir tão longe. Mas seu último gesto sintetiza tudo: Na Fruteira contem todos os frutos e permite, finalmente, que ouçamos Os Mutantes e encontremos Júpiter. Essa situação absurda, que levou Borges a pensar os poetas fortes como criadores de seus próprios precursores – Kafka criou Browning – é “o triunfo de havermos colocado de tal modo o precursor em nossa própria obra, que determinados trechos da obra do precursor parecem ser não presságios de nosso advento, mas antes devedores de nossa realização e até mesmo diminuídos por nosso maior esplendor” (Harold Bloom – “A Angústia da Influência”).

Ainda assim, não acredito que “Na Fruteira” seja o último gesto, até porque seu húmus criativo vem da mímesis. Já ouvi murmúrios sobre “Apple Sound” e “slogan-art” – repetição do slogan poético e do som organo looped. Ou seja, novas paixões que o levariam a “errar” mais.

A grandeza da Fruteira é seu grande fracasso. Mas, sem ela, não poderíamos entender o dualismo: sem ela, não ficaria o registro de um eu eternamente errante.

8- É sobre esse aspecto que coloco em questão algumas observações de Jorge Cardoso Filho, e, Pedro Silva Marrano no texto “Do Underground para o Mainstream sem perder a Categoria: análise da trajetória de um músico gaúcho”. Em primeiro lugar porque as categorias referidas, “underground” e “mainstream”, no atual estágio da música planetária, com o colapso de vendas da grande indústria e as nova relações entre público e artista, via internet, vêm sofrendo profundas transformações. O mundo deixou de ser underground. E a tendência, ao que tudo indica, também não é o mainstream. Daí porque traduzo como o alvo principal de uma proposta poética, a conquista de sua autonomia. O poeta forte, segundo Harold Bloom, é aquele que atinge sua singularidade. Deveríamos então traduzir “mainstream”, na frase enigmática de Júpiter - “passar para o mainstream sem perder a categoria” - como o reconhecimento de uma voz própria, finalmente conquistada, o que para Júpiter passa por uma abrangência e complexidade, longe do segmentarismo. Diante de um público médio que cada vez mais tem acesso à informação em razão da internet, o mainstream é o múltiplo e o complexo.

Daí porque me parece absurda a idéia que identificasse na trajetória do artista alguma derrota, expressando o desacordo entre projeto poético e recepção. Até porque seus projetos são de extrema plasticidade, tal e qual um caleidoscópio.


por: Rogerio Skylab

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Júpiter Maçã em Chapecó


Acho que este é o post que faço com mais entusiasmo. E a razão é simples, show do Júpiter Maçã em Chapecó dia 21/08.
O show será no Premier Bier, ainda não tenho maiores informação sobre o show, mas assim que conseguir repasso aqui.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Pato Fu revela seu lado criança no novo álbum 'Música de brinquedo'



“Os Muppets”. Por mais curioso que possa parecer, o programa de fantoches com Caco e Miss Piggy foi o muso inspirador do mais novo álbum do Pato Fu. Lançado nesta semana, “Música de brinquedo”, como o nome já sugere, traz o grupo mineiro recriando canções clássicas do repertório nacional e internacional apenas com o uso de instrumentos infantis.

Um kazoo entrou no lugar de instrumentos de sopro, um brinquedo Genius simulou um saxofone e uma calculadora Casio reproduziu o som de um teclado. Fora um elefante de plástico, cujo ronronar entrou no lugar de uma parte orquestrada de “Live and let die”, de Paul e Linda McCartney
“O som dele é muito parecido com aquelas cordas indianas complexas”, ri o guitarrista John Ulhoa, produtor do CD. Gravado no estúdio que tem em sua casa, “Música de brinquedo” nasceu como extensão do fato de todos os “patos” terem virado pais.

“Começamos a dar esse tipo de presente aos nossos filhos. Só que eles não ficavam no quarto deles, mas no estúdio! Ficamos cada vez mais cativados: são instrumentos sem qualidade sonora e nem são bons de tocar, mas neles sobra personalidade”, explica John, que já tinha trabalhado com os chamados “barulhinhos infantis” na produção de trabalhos das cantoras Zélia Duncan e Érika Machado.

O projeto nasceu há um ano e meio, após o Pato Fu criar uma versão de “Primavera”, hino de Cassiano e famoso na voz de Tim Maia. A gravação foi documentada e exibida há vários amigos. Mas como Fernanda estava em turnê solo e os integrantes se dedicavam a projetos pessoais, somente em janeiro eles entraram em estúdio.

Dose de nerdice
Apesar de a banda afirmar ter composições inéditas, optou-se a pela escolha de 12 faixas de melodias marcantes, como “Todos estão surdos”, de Roberto Carlos, “Ska”, dos Paralamas, “Rock and roll lullaby” (BJ Thomas) e “Love me tender”, de Elvis Presley. Para manter o clima caseiro, e de bagunça, os filhos dos músicos fizeram os backing vocals – eles gritam e desafinam sem a menor preocupação.

“Colocar músicas novas não teria o mesmo efeito [no álbum], por isso a escolha por músicas muito potentes. As vozes das crianças ampliam o universo ‘pais e filhos’”, diz John.

A proposta lembra o projeto Pequeno Cidadão, de Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra – também com seus respectivos filhos -, e a Adriana Partimpim, alcunha infantil de Adriana Calcanhoto. Para John, a semelhança dos três trabalhos é simples.

“É a nossa geração se manifestando. Por sermos pais, consumimos muita música infantil, mas é aquela coisa cor de rosa e infantilóide. Por isso queremos fazer a nossa versão”, explica ele, que não considera o trabalho como um disco voltado às crianças. “Acho que adultos vão relembrar de canções que gostavam e a criançada poderá ser introduzida à boa música pop que já produzida”.

Segundo a vocalista Fernanda Takai, o desafio em “Música de brinquedo” foi encontrar objetos que pudessem substituir os instrumentos musicais marcantes das faixas originais. Após várias pesquisas em sites e compras realizados em viagens no exterior, pode-se chegar aos escolhidos.

Aliás, os únicos instrumentos musicais que foram utilizados na gravação foram aqueles em suas versões infantis ou que sejam ligados a esse universo, como a flauta doce, o xilofone de latão, escaleta e aqueles minipianos barulhentos.

“O desafio era fazer o som com o que se tinha, e quebramos a cabeça. É preciso muita energia e certa dose de nerdice”, brinca Fernanda que, ao lado de John, faz questão de dizer que os sons não passarão por pós-produção no computador. “É na imperfeição que reside a graça”, justifica.

‘Monstrinhos’ por monstros
“Música de brinquedo” renderá uma nova turnê, que começa neste final de semana no Rio. Além das 12 canções do álbum, o Pato Fu também irá apresentar versões infantis para os seus maiores sucessos, como “Made in Japan” e “Sobre o tempo”.

Fernanda adianta que cada um dos músicos terá uma mesa repleta de brinquedos. Para o show, aliás, foi preciso chamar dois novos integrantes, que participaram da turnê do CD que ela fez com músicas de Nara Leão. “Essa é a primeira vez que não temos nada de eletrônico no palco, ou seja, era preciso de mais mãos”, brinca.

Como os filhos dos “patos” são pequenos e não poderão viajar com os pais, dois monstros da companhia de teatro de bonecos Giramundo entrarão em seus lugares. Uma troca “monstrinhos” por monstros, basicamente.






[g1]

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Erasmo compõe samba e tenta emplacar na Beija-Flor


O cantor e compositor Erasmo Carlos inscreveu uma canção no concurso que vai definir o samba-enredo da Beija-Flor para o carnaval 2011.
Na ocasião, a escola de Nilópolis vai homenagear Roberto Carlos, amigo e principal parceiro de Erasmo, com o enredo “A simplicidade de um Rei”.
A música será apresentada na quadra da escola, em Nilópolis, no próximo dia 12, último dia da primeira etapa do concurso.
O samba tem como coautores o maestro Eduardo Lages, arranjador que acompanha Roberto há mais de 30 anos, e Paulo Sérgio Valle, autor de sucessos da bossa nova, como “Samba de verão”, “Preciso aprender a ser só” e “Viola enluarada”.
Outras 53 obras foram inscritas na disputa, que começou na noite da última segunda-feira (2). O samba que será cantado no Sambódromo pela Beija-Flor em 2011 será escolhido no mês de outubro.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Piano usado em álbuns de Beatles e Pink Floyd irá a leilão na Inglaterra



Uma casa britânica irá leiloar um piano do estúdio londrino de Abbey Road que já foi tocado em músicas de álbuns dos Beatles e do Pink Floyd.
A Bonhamns afirmou nesta segunda-feira (2) que o piano Challen, marcado por manchas de café e queimado por cigarros, deve atingir entre US$ 157 mil e US$ 230 mil no leilão.
O piano foi utilizado no estúdio de Abbey Road de 1964 a 1980. Os Beatles usaram o instrumento em faixas como "Tomorrow never knows" e "Paperbak writer".
Parte do clássico álbum do Pink Floyd "Dark side of the moon" foi gravada usando o piano.

O leilão deve acontecer no próximo dia 15 em Chichester, no sul da Inglaterra.





[g1]

domingo, 1 de agosto de 2010

Rock na Cancha 30/07

Aconteceu na última Sexta-Feira, dia 30/07 o Rock na Cancha, realizado no Bar do Chico em São Miguel do Oeste. Infelizmente essa foi a última edição do Rock na Cancha, pois o bar será demolido e posteriormente construído. Com maior espaço para acomodar os clientes, o ambiente será totalmente novo, mas com o atendimento camarada de sempre.
Até lá ficaremos apenas com a lembrança das edições do Rock na Cancha e as noites em que a galera se reunia no bar para beber, jogar sinuca, 48 ou apenas para conversar.

Agora a esperança é que a reforma não demore muito.

Fotos do Rock na Canha de Sexta-Feira.


William Lima e Skizy se apresentando


William Lima


Skizy


Apresentação do André Moura


André Moura


Repertório André Moura


Participação especial de Fernando Severo (Baixista Pequena Place)


Fernando Severo

Rage Against The Machine é confirmado para o festival SWU



O festival SWU confirmou a presença do Rage Against The Machine como principal atração entre os shows que acontecerão no dia 9 de outubro.

Esta será a primeira vez que o RATM toca na América Latina. O grupo havia se separado em 2000 mas retornou em 2007.

O grupo é apontado como um dos mais influentes dos anos 90 e tem como principal característica as letras fortemente politizadas.

O festival SWU acontecerá durante os dias 9, 10 e 11 de outubro em Itu, no interior de São Paulo.

Os ingressos estão sendo vendidos a preços promocionais até o dia 13 de agosto. Confira abaixo:

Pista Comum

R$ 95,00 (meia-entrada)
R$ 190,00 (inteira)

Pista Premium

R$ 280,00 (meia-entrada)
R$ 560,00 (inteira)

Passaporte

O valor do passaporte é equivalente à soma dos valores dos ingressos avulsos em seus preços promocionais. A venda do passaporte começará no dia 02/08.

Passaporte – Pista Comum para os 3 dias

R$ 285,00 (meia-entrada)
R$ 570,00 (inteira)

Passaporte – Pista Premium para os 3 dias

R$ 840,00 (meia-entrada)
R$ 1.680,00 (inteira)

Mais informações no site oficial do evento. [http://www.swu.com.br/pt/]